domingo, 17 de julho de 2011

Vinho na bomba....


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A francesa Astrid Terzian resolveu juntar uma de suas paixões com sua preocupação com o ambiente para criar o conceito da máquina de refil de vinhos. Ela deu início a essa ideia em 2008, quando desistiu de seu sonho de comprar uma vinícola para partir para as vendas do produto. Sua primeira máquina foi instalada em junho de 2009, na cidade de Dunquerque, na França. Agora, diversos supermercados franceses já possuem o equipamento. Basta trazer sua garrafa – seja ela de vidro, plástico ou até um cantil – e encher. Sem necessitar de embalagem, o produto fica mais barato: o preço para o consumidor final é de 1,45 euros por litro. Sem falar que o meio ambiente agradece o reaproveitamento dos recipientes. Os vinhos disponibilizados nas máquinas têm procedência variada e funcionam como uma bomba de gasolina. Voce compraria vinho assim?. 

sábado, 23 de abril de 2011

Vinho com Chocolate, Páscoa perfeita

Pratos tradicionais da semana santa ficam ainda mais gostosos quando harmonizados com vinho.
A tradicional bacalhoada, o chocolate e a colomba pascal dão um gostinho especial nos almoços de páscoa. Para que a refeição fique ainda mais gostosa, nada como um bomvinho para ser harmonizado com os pratos servidos na semana santa. A Pernod Ricard dá algumas sugestões para quem não quer errar na hora de escolher um vinho para a data. As dicas são do sommelier da Pernod Ricard, Alexandre Ferrari.
Bacalhau - Tradicional na páscoa, o Bacalhau pode ser feito de diversas formas. As mais conhecidas - Gomes de Sá e bacalhau à Brasileira – são uma explosão de sabores. Graças à essa grande variedade de ingredientes e gostos, muitas vezes, o consumidor não sabe qual vinho escolher para harmonizar com a iguaria.
“A melhor opção na escolha dos vinhos vai sempre de acordo com a preferência pessoal. O Bacalhau pode ser harmonizado tanto com tinto quanto com vinho branco, porém alguns detalhes devem ser levados em consideração, como os ingredientes da receita.” Afirma Ferrari.
O Bacalhau com um toque mais condimentado, como é o caso do à moda Brasileira, pode ser harmonizado com um vinho mais estruturado e encorpado como o Marques de Arienzo Reserva - o rótulo passou 2 anos em barricas de carvalho americano, o que lhe garante toque de frutas maduras e especiarias. Já a tradicional receita do bacalhau à Gomes de Sá pode ser harmonizada com um chadornnay francês e perfeito para pratos com textura suave e delicados no paladar.
Chocolate - Apesar de não ser muito freqüente, o vinho e chocolate rendem uma bela combinação. Amargo, preto, ao leite, branco, com castanhas ou frutas, o chocolate oferece um gosto só dele. “O sabor doce do chocolate pede um vinho potente e estruturado, como os vinhosfortificados. Neste caso, o vinho potente diluirá a gordura do chocolate e ressaltará o açúcar” explica Ferrari.
Para os chocolates amargos a sugestão é o vinho do Porto estruturado e encorpado, o rótulo possui sabores complexos, graças aos 5 anos em barrica de carvalho. Para os chocolates brancos a indicação é do vinho Sandeman Tawny Porto , perfeito para acompanhar receitas feitas com esse tipo de chocolate, pois possui corpo leve e intenso.
Colomba Pascal - Ao contrário do que se pensa, a colomba pascal é diferente do panetone. Com diferentes coberturas e recheios como amêndoas, chocolate e glacê, por exemplo, a colomba pascal também pode ser harmonizada com vinhos. Para a receita tradicional de colomba, o sabor suave da colomba combina perfeitamente com a doçura e delicadeza do vinho de sobremesa.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Estudo sugere que vinho caro é desperdício, pois consumidor não nota diferença

Vinhos mais baratos podem ter o mesmo efeito em termos de paladar que garrafas mais caras, segundo um estudo britânico.
No total, 578 pessoas participaram de uma degustação às cegas durante o Festival de Ciência de Edimburgo, na Escócia, e só na metade dos casos conseguiram identificar quais eram os vinhos caros e quais eram os mais baratos.
Eles experimentaram diversas variedades de vinhos tintos e brancos com preços menores que 5 libras (R$13) e outras safras consideradas superiores vendidas a preços entre 10 e 30 libras (R$ 26 e R$ 78). Na degustação, também havia garrafas de champagne de 17 libras (R$ 44) e de 30 libras (R$ 78).
Os participantes tinham de dizer, então, quais eram os vinhos baratos e quais eram os caros. Mesmo sem saber a resposta, eles teriam 50% de chance de acertar. E foi exatamente isso o que aconteceu.
A conclusão, para os pesquisadores da Universidade de Hertfordshire, é que muita gente não consegue distinguir os vinhos pelo paladar e pode estar pagando mais caro apenas pelo rótulo.
"Estes resultados são impressionantes. As pessoas não conseguiram notar a diferença entre vinhos caros e baratos, então nesse momento de dificuldades financeiras a mensagem é clara: os vinhos baratos que testamos tinham um gosto tão bom quanto as garrafas caras", disse o psicólogo Richard Wiseman, que conduziu o estudo.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Roteiro mostra o melhor dos vinhos que são produzidos em Portugal.

Os repórteres Luiz Paulo Mesquita e Sandra Moreyra foram até Portugal conhecer as terras que produzem os vinhos consumidos no Brasil.

País pequeno, espremido na pontinha da Península Ibérica, Portugal foi povoado por romanos, bárbaros, mouros e judeus. Cada um trouxe uma cultura diferente para formar um dos povos mais misturados de toda a Europa. Talvez pela geografia, talvez pela mistura das gentes, esse país sempre teve o mar como destino.
Reis da navegação, os lusitanos foram para todos os cantos do mundo. Mas há um Portugal que não partiu. Há uma gente que ficou para cultivar em cada pedaço dessa pequena terra videiras, oliveiras e sobreiros. É neste Portugal que permaneceu e começa a viagem por um mundo de sabores e perfumes. Começa em Lisboa, na tradicional Praça do Comércio, onde há um espaço criado para aulas e exposições sobre o vinho e as uvas portuguesas.
Se no mundo inteiro há centenas de castas ou tipos de uva – em torno de 1,6 mil – Portugal tem 250. Cem delas são próprias para o vinho. O que distingue Portugal nesse mundo de tantos vinhos?
“Nossa diversidade tem qualidade. Pode ser um pouco confusa no início, mas se abrirem as portas ao nosso vinho vão descobrir coisas muito boas com qualidade e que é muito diferente do resto”, afirma a enóloga Martha Galamba.
Em Quinta das Lágrimas, Coimbra, o amor e a história deram origem a um vinho. Lá foi assassinada Inês de Castro, a aia que se apaixonou pelo rei Pedro I, um ancestral do nosso Dom Pedro I, que em Portugal era Pedro IV. O Pedro I deles desafiou a corte portuguesa da Idade Média e se casou com Inês.
Os nobres mandaram jogar a jovem em um poço. Quando Pedro descobriu, mandou vestir e coroar a rainha morta. Fez toda a corte beijar as mãos dela. O vinho feito nos dias de hoje celebra o amor que a morte não separou.
No caminho, estão os vinhos e as vinhas que nascem nas encostas pedregosas do Rio Douro. São as primeiras terras demarcadas de vinhos do mundo, desde 1756. Nesse local, se faz o que eles chamam de “vinhos capitosos”, ou seja, que têm a força da terra.
No Douro, as estradas cheias de curvas fechadas e subidas íngremes são o que os portugueses chamam de alcatroadas. Pois nessa terra de vinhos capitosos e estradas alcatroadas, as quintas e mansões produzem e celebram grandes vinhos.
“Não é fácil trabalhar aqui. O terreno é muito inclinado, e muitas vinhas não são organizadas. Tem de fazer muitos trabalhos à mão, é um trabalho artesanal”, explica o enólogo Francisco Olazabal.
Nossa Senhora das Uvas abençoa a antiga quinta da família Cálem, no Pinhão. Antigamente, os lagares ou tanques de pedra não tinham controle de temperatura. Agora cintas metálicas controlam todo o calor da fermentação. Um equipamento robô faz o que antigamente era feito pelos camponeses: pisar as uvas sem deixar quebrar as sementes que amargam o vinho.
Essa região, que produz vinho há mais 300 anos, descobriu que a tecnologia não substitui a tradição. Pelo contrário: elas são aliadas para produzir vinhos cada vez melhores. O Douro continua surpreendendo o mundo.
Os caminhos dos vinhos portugueses continuam no Bom Dia Brasil com os desafios da produção e do mercado internacional