sábado, 12 de dezembro de 2009

Relembrando - TIPOS DE UVA....


vinhos
Uvas para vinhos tintos

Aglianico - apresenta grande concentração de taninos e acidez, própria para envelhecimento. Encontrada no Sul da Itália, principalmente em rótulos de Campania e Basilicata.
País: Itália.

Alicante Bouschet (garnacha tintorera) - Fruto do cruzamento da grenache com petit verdot realizado pelo francês Luis Bouschet de Bernard e seu filho Henri em 1866, esta variedade é mais indicada quando misturada a outras uvas. Em Portugal, na região do Alentejo, é uma importante uva na composição de certos vinhos, onde dá um dá aromas de menta e eucalipto. Confere longevidade e cor ao vinho.
Países: França, Portugal (Alentejo) e Espanha

Baga - É a principal uva da região portuguesa da Bairrada e produz vinhos bastante adstringentes. Mas bons produtores, como Luis Pato, vinificam exemplares refinados e ricos de aroma e sabor.
País: Portugal (Bairrada)

Barbera - A mais popular da uvas do Piemonte, norte da Itália é ao lado da sangiovese a variedade mais cultivada do país. Dá tantos vinhos leves do dia-a-dia como exemplares escuros e frutados, com alta acidez e concentração e boa capacidade de envelhecimento. 
Países: Itália (Piemonte), Estados Unidos (Califórnia) e Argentina.

Bonarda - outra variedade típica do Piemonte, na Itália. Seu nome completo é Bonarda Piemontese. Produz vinhos leves, frutados, melhor quando bebidos jovens. Também foi muito utilizada na Argentina para produção de vinhos do dia-a-dia para consumo interno.
Países: Itália e Argentina

Cabernet Franc - terceira uva tinta mais importante de Bordeaux (Pommerol e Saint Emilion), é mais leve e com menos taninos que a cabernet sauvignon e amadurece mais cedo. É muito usada no corte com outras uvas. Na região do Loire dá vinhos mais herbáceos, onde é conhecida como Breton. É a uva principal do insensado e caro Château Cheval Blanc.
Países: França (Bordeuax, Loire), Argentina, Austrália, Estados Unidos (Califórnia) e Nova Zelândia

Cabernet Sauvignon - A mais clássica e conhecida das variedades de vitis vinífera, base do corte usado nos grandes vinhos de Bordeaux (Latour, Mouton-Rothshild, Lafite, Latour, Margoux etc). É uva mais difundida em todo o mundo e responsável pelos melhores rótulos do planeta. Tem amadurecimento tardio e produz tintos secos de semi-incorpados a incorpados; tânico quando jovem, garante um melhor envelhecimento da bebida na garrafa e a passagem pelo barril de carvalho pode aparar suas arestas. Tem um amplo espectro de aromas: frutas vermelhas, café, chocolate geléia e tabaco, quando envelhecidos. No Chile tem uma característica mais mentolada. Enriquece quando misturada à merlot, cabernet franc, shiraz, petit verdot ou malbec. Na Austrália geralmente é mesclado ao shiraz. Produz os melhores tintos do Brasil e do Chile.
Países: França (Bordeaux), Estados Unidos (Califórnia), Chile, Argentina, Austrália, África do Sul, Itália e Brasil.

Carignan (cariñena, mazuelo) - originária do norte da Espanha é das espécies mais cultivadas na França, particularmente na região de Languedoc-Roussillon. Normalmente é misturada com a grenache e a cinsault, e resulta em vinhos mais comuns, de mesa, de cor escura e forte teor de álcool.
Países: França (Languedoc-Roussillon), Espanha, Estados Unidos (Califórnia)

Carmenère - originária de Bordeaux, hoje é uma uva praticamente só cultivada no Chile, onde não se adaptou melhor do que na França. Até a década de 90 era confundida com a merlot - um exame de DNA esclareceu a confusão. É usada tanto para vinhos de corte como em varietais chilenos. É mais escura que a merlot e de taninos macios.
País: Chile

Cinsault (espagne, hermitage, malaga) - cepa encontrada principalmente na região de Languedoc-Roussilon, na França. Ali é associada à grenache e à carignan, e produz bebidas leves e pouco aromáticas. Na região do Rhone, a mesma uva com melhores cuidados produz vinhos mais concentrados e aromáticos. No Líbano, é responsável pelo emblemático Château Musar.
Países: França, Espanha, África do Sul e Líbano

Dolcetto - uva italiana que apesar do nome não é doce. Vinificadas resultam em rótulos suaves do Piemonte, próprio para o dia-a-dia, com alta acidez e que devem ser bebidos ainda jovens. Na região do Piemonte, melhor tratada, a uva é envelhecida em barris de carvalho e resulta em líquidos mais ricos e complexos.
País: Itália, Arrentina e Austrália

Gamay - É a uva usada na produção do Beaujolais, um vinho mais leve, produzido nesta região da Borgonha, para ser bebido bem jovem. Os rótulos mais conhecidos são de Beaujolais Noveau, que são lançados todo mês novembro. Mas há rótulos de maior qualidade, com capacidade de envelhecimento, os chamados Cru Beaujolais. Os aromas de morango, cereja e banana são característicos do vinho produzido com a uva gammay.
País: França (Borgonha)

Grenache (garnacha) - Apesar de ser uma uva muito cultivada no mundo é pouco vista em rótulos de garrafas pois é usualmente misturada. É presença fundamental do renomado Châteauneuf-du-Pape e na maioria dos vinhos do Rhône. 
Países: França (Rhône), Espanha, Austrália, Itália e Estados Unidos.

Lambrusco - Uva tinta cultivada em toda a Itália, em especial na região da Emilia-Romana. Há mais de sessenta subvariedades conhecidas. Apesar de também produzir bons vinhos de denominação de origem, é mais conhecida no Brasil pelos vinhos frisantes, semi-doces e baixo teor alcoólico e que devem ser bebidos jovens.
País: Itália

Malbec - originária de Bordeaux, onde é muito tânica, e usada somente misturada a outras cepas, esta uva se tornou emblemática na Argentina, onde é responsável pelos melhores vinhos tintos produzidos no país, de cor escura, denso e aromas florais. Começa a render alguns rótulos no Chile também.
Países: França, Argentina e Chile

Merlot - Similar à cabernet sauvignon, entretanto mais suave, tem sabor mais macio, menos tanino e aromas mais frutados. Tem uma maturação mais fácil e rápida que sua parceira cabernet. Pode desenvolver aromas de chocolate e frutas vermelhas maduras quando colhidas com a maturação correta. Base de grandes vinhos do Pomerol, como o famoso Château Petrus. Na Califórnia, nos Estados Unidos, também rendeu grandes exemplares. Também muito usado no Novo Mundo e plantada em várias partes do planeta onde se faz vinho.
Países: França (Bordeaux), Norte da Itália, Estados Unidos, Chile, Austrália, Nova Zelândia, Argentina, Brasil.

Montepulciano - Variedade cultivada por toda Itália, com maior destaque na região central. Produz vinhos mais rústicos e é muito usada junto à sangiovese. Não deve ser confundida com a cidade da região da Toscana de mesmo nome, que produz o famoso Vino Nobil di Montepulciano, que aliás é feito a partir da uva sangiovese.
País: Itália

Mourvèdre (monastrell e mataro) - Uva típica do Sul da França, mas também muito cultivada na Espanha. É um pouco tânica e tem um toque animal. Geralmente é misturada a outras uvas, como shyrah, grenache e cinsault. Ajuda a dar cor e estrutura ao vinho. Bastante utilizada na Provence, na França, e na Rioja e Penedès, na Espanha.
Países: França, Espanha e Austrália

Nebbiolo - Nebbia em italiano significa névoa, uma característica do clima da região onde esta variedade é cultivada, nos montes de Alba e Monforte. Resulta no nome da uva que produz os melhores e mais valorizados tintos italianos: Barolo e o Barbaresco. São bebidas intensas, frutadas, bastante tânicas, de aromas complexos (florais, frutas, trufas e até piche!) e com alta acidez, o que torna obrigatório o envelhecimento em barris de carvalho para aparar as arestas. Melhora com os anos e acompanhado de um prato de comida mais forte.
País: Itália

Nero d'Avola - Cepa típica da região de Sícilia, no Sul da Itália. Produz vinhos de qualidade, escuros, densos e com potencial de envelhecimento.
País: Itália 

Periquita (castelão português, castelão francês) - plantada no sul de Portugal, dá vinhos de boa estrutura, que envelhecem bem; é também a marca do popular tinto lusitano mais exportado para o Brasil.
País: Portugal

Petit verdot - Variedade típica da região de Bordeaux, na França. Dá sabor, cor e taninos ao corte bordalês.
País: França (Bordeaux)

Pinot Noir (pinot nero) - Uva típica da Borgonha, produz os vinhos mais admirados pelos enólogos e enófilos do mundo. Sua qualidade está ligada diretamente ao terroir onde está plantada. É uma uva de difícil de cultivar e vinificar e pode gerar tanto tintos inexpressivos como muito complexos. São vinhos de coloração clara para média com relativo baixo tanino e acidez. Os grandes pinot noirs têm aroma intenso, complexo e sensual, e evoluem muito bem na garrafa. Os exemplos mais clássicos são os renomados (e caros) vinhos de Romanée-Conti, Volnay, Clos de Vougeat e outros tantos da Borgonha. Menos feliz em outras regiões do mundo, tem apresentado algum sucesso no Chile com preços bem mais acessíveis. A pinot noir também faz parte da receita que compõem os vinhos da Champagne.
Países: França (Borgonha, Champagne), Chile, Itália, África do Sul.

Pinotage - uva criada da África do Sul, surgida em 1920, do cruzamento entre a pinot noir e a cinsaut realiazada pelo professor Perald. Pode resultar num vinho muito frutado (banana, frutas vermelhas) e capaz de envelhecer bem em barris de carvalho. Os exemplares mais simples lembram borracha queimada e são muito rústicos.
País: África do Sul 

Sangiovese - trata-se da variedade mais plantada na Itália, é a base dos grandes vinhos da Toscana - Chianti, Brunello di Montalcino e Vino Nobilo de Montpulciano. O nome significa o sangue de Júpiter. É uma cepa de amadurecimento tardio, bem ácida, tânica e frutada.
Países: Itália, Estados Unidos e Argentina

Syrah/Shiraz - Uva do Rhone, na França, que resulta vinhos de coloração intensa, bem encorpados e aromáticos e na boca evocam frutas vermelhas (amoras). Na Austrália, com o nome de Shiraz, dá exemplares tânicos, apimentado e de boa maturação. É responsável pelos grandes rótulos deste país
Países: França (Rhône), Austrália, África do Sul e Argentina

Tannat (mandiran) - uva do sudoeste da França, hoje é a variedade emblemática do Uruguai, altamente tânica e com perfume de amora e framboesa. Bons produtores têm domado o tannat no Uruguai e bons rótulos têm surgido no mercado
Países: Uurguai e França.

Tempranillo (tinto fino, cencibel, tinta roriz aragonês) - A mais importante uva de qualidade da Espanha, cultivada nas regiões de Rioja e Ribeira del Duero. Usualmente misturada à garnacha e mazuelo. Dá um vinho colorido, com baixa acidez, pouco tânico e que envelhece bem no carvalho que lhe confere aromas de tabaco.
Países: Espanha, Portugal e Argentina

Touriga francesa - mais leve que a touriga nacional, também é parte da receita do vinho do Porto. Usado ainda em tintos secos de mesa da região do Porto.
País: Portugal

Touriga Nacional - uva autócne superior, presente em vinhos portugueses; encorpado, de cor forte, sabor intenso e muito tânico é típico da região do Douro. Usada na receita do vinho do Porto, também é uma uva que produz varietais com muita tipicidade.
Países: Portugal e Austrália

Zinfandel (primitivo) - Produz tintos secos com muito colorido e frutado, com notas de pimenta e sabor que lembra groselha preta. Uva característica dos vinhos da Califórnia, apesar de ser originária do sul da Itália, onde tem o nome de primitivo.
Países: Estados Unidos (Califórnia), Itália
Fonte: Veja São Paulo







Uvas para vinhos brancos 

Segundo estudiosos há 24.000 nomes para as mais de 3.000 variedades de uvas viníferas. Destas 150 são plantadas comercialmente em quantidades mais significativas. A lista abaixo descreve as cepas mais conhecidas que produzem os vinhos encontrados no Brasil.

Alvarinho (ou Albariño, na Espanha) - responsável pela produção na região do Minho, em Portugal, do vinho verde, que tem este nome pois deve ser tomado ainda jovem, isto é "verde". É uma uva que confere boa acidez, aroma e certa efervescência ao vinho.
Países: Portugal (vinho verde), Espanha

Chardonnay - Uva branca fácil de cultivar e vinificar. Está espalhada em todo o mundo. É usada na produção de clássicos de alta qualidade e reputação na Borgonha, como Chablis, Montrachet e Poully-Fussé, além de ser um importante ingrediente do campanhe. Por não ser uma uva aromática, a passagem pelo barril de carvalho lhe confere maior complexidade em algumas regiões, principalmente do Novo Mundo, onde mostra um toque amanteigado e tostado. 
Países: França (Borgonha), Estados Unidos (Califórnia), Austrália, Nova Zelândia, Chile, África do Sul, Argentina, Brasil

Chenin Blanc (steen) - variedade do Loire central, na França, de aroma floral, dá vinhos secos ou doces - neste caso, quando são atacadas pela podridão nobre, que lhes confere maior teor de açúcar. 
Países: França (Loire), EUA, África do Sul (conhecida como steen), Austrália e Nova Zelândia.

Clairette (clairette blanc) - uva branca cultivada no sul da França. É uma das variedades autorizadas no vinho tinto Châteauneuf-du-pape e brancos Côtes-du-Rhone. Na Austrália é conhecida como blanquette.
Países: França e Austrália

Furmint - os renomados grandes vinhos doces Tokay, da Hungria, são feitos desta variedade. Sua fina casca facilita a ação do fungo Botrytis cinerea, que aumenta o teor de açúcar à uva.
Países: Hungria, Eslováquia, Croácia e Romênia 

Gewürztraminer - Em alemão significa "especiarias". Produz vinhos brancos ricos, de cor amarelo-ouro e aroma intenso (rosas, canela e gengibre). Encontrou seu melhor solo na região francesa da Alsácia, mas também é encontrada na Alemanha e outras regiões de clima frio.
Países: França (Alsácia), Alemanha, Itália, Chile, África do Sul, Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia.

Malvasia - das mais antigas uvas brancas que se conhece (cerca de 2.000 anos). Apesar de produzir vinhos secos no sul da Itália, se notabilizou pelo vinho fortificado que produz em Portugal (Madeira)
Países: Portugal, Itália e Espanha.

Muscadelle - típica variedade de Bordeaux, na França, usada principalmente para vinhos doces produzidos em Barsac e Sauternes. Como é muito aromático, é usado em pequenas quantidades quando misturados a vinhos doces baseados das uvas sémillon e sauvignon blanc.
País: França

Muscat (Moscato e Moscatel) - plantada no mundo todo é própria de vinhos doces perfumados. É a única uva vinífera que preserva os aromas de uva no vinho e talvez uma das espécies mais antigas ainda cultivadas. Usada para vinhos secos na Alsásia e para espumantes do tipo Asti Espumante e Moscato Bianco.
Países: França (Alasácia), Portugal, Espanha e Itália

Palomino - principal uva do vinho fortificado do Sul da Espanha, xerez.
Países: Espanha, Estados Unidos e Austrália

Pedro Ximenez - outra variedade do sul da Espanha utilizada nos vinhos fortificados xerez, como o Olorosso.
País: Espanha 

Pinot Blanc (pinot bianco)- esta uva dá vinhos leves, secos, frutados, para beber jovem, principalmente aqueles produzidos na Itália. Original da Borgonha, na França sua base é a Alsácia.
Países: França (Alsácia), Itália, Áustria e EUA

Pinot Gris (tokay d'Alsace, pinot grigio) - da família pinot noir, resulta em vinhos brancos leves, jovens e secos na Itália e mais ricos e perfumados, na região francesa da Alsácia. 
Países: França (Alsácia), Itália, Alemanha, Hungria e Nova Zelândia

Prosecco - encontrada na região de Vêneto, na Itália, é responsável pela produção de espumantes frescos, frutados, com pouco acidez e paladar. Não se trata, portanto, de uma região, como muita gente pensa, mas de uma uva, usada por este espumante que se difundiu por todo o mundo.
Países: Itália, Brasil

Riesling - Junto com a Chardonnay é considerada a melhor uva branca do mundo. Produz vinhos com acidez elevada e teor alcoólico baixo (8ºC). Os melhores riesling são encontrados na Alemanha e produz vinhos de grande qualidade que é metido pelo seu teor de açúcar. Aromas delicados e florais. 
Países: Alemanha, Áustria, Austrália, Nova Zelândia, França (Alsácia) e EUA.

Sauvignon Blanc - Tem acidez aguda, fresco, aspectos minerais e bastante frutados no Novo Mundo. Mantém a limpidez pois raramente fica impregnada de carvalho. Na França, alcança melhores resultados em rótulos da região do Loire. É misturada com Sémillon em Bordeaux. Também é parte da composição dos vinhos doces de Sauternes e Barsac. Na Nova Zelândia, encontrou o solo ideal para produção de vinhos que colocaram o país no mapa do mundo do vinho.
Países: França (Loire, Bordeaux), Nova Zelândia, Chile, Áustria e África do Sul.

Sémillon - Tanto vinhos brancos secos de Bourdeaux como vinhos doces da região de Sauternes, na França, usam esta variedade (como o Château D'Yquem, 4/5 de sémillon e 1/5 de sauvignon blanc). Varia sua característica de acordo com a região que é cultivada: aromas cítricos e adocicado em Bordeaux e amanteigado e com grande potencial de envelhecimento na Austrália
Países: França (Bordeaux), Austrália Nova Zelândia, África do Sul, EUA

Tocai (friulano) - variedade branca cultivada na região italiana de Friuli-Veneza, que produz vinhos encorpados e elegantes. Não há qualquer relação da uva Tocai com os renomados vinhos húngaros doces Tokay (produzidos com a cepa furmint. Ver verbete acima).
País: Itália

Trebbiano - Produz vinhos brancos mais comuns e sem personalidade na Itália. É plantada extensivamente em todo o país. Usada no corte com outras uvas para a composição de vinhos. Com o nome de ugni blanc e saint-émilion é muito usada na produção de conhaque e armagnac, na França. 
Países: Itália, França, África do Sul e Austrália

Viognier - uva que produz vinhos brancos secos e com toques florais, bastante perfumado. De origem francesa, vem sendo redescoberta nos últimos anos. Produz vinhos muito ricos e refrescantes, para serem bebidos jovens. 
Países: França, Austrália, África do Sul e Argentina

Fonte: Veja São Paulo

sábado, 5 de dezembro de 2009


O Vinho Tinto Aumenta Desejo Sexual da Mulher

O poder afrodisíaco do vinho tinto pode ser comprovado depois de uma nova pesquisa realizada pela Universidade de Florença (Itália), que indica que a bebida serve como activador do desejo sexual feminino.
 O estudo aconteceu com cerca de 800 mulheres que responderam a questões ligadas ao consumo do vinho e à rotina sexual.
De acordo com os pesquisadores, as mulheres responderam um questionário com 19 perguntas relacionadas com a sua sexualidade e todas foram analisadas comosexualmente saudáveis, sem apresentar problemas como frigidez, por exemplo.
O resultado mostrou que aquelas participantes que consumiram uma ou duas taças de Vinho Tinto por dia, apresentam um desejo sexual muito maior do que aquelas que não consumiram nenhuma dose de Vinho Tinto.
Porém, os cientistas afirmam que a qualidade do sexo e a quantidade de orgasmos não apresentaram mudança significativa, mostrando que a bebida influencia somente o desejo da mulher e não os resultados na hora do sexo.
Ainda não é claro como o vinho tinto pode causar esse efeito, apesar de haver diversas teorias. Uma sugere que os antioxidantes do vinho tinto têm um efeito benéfico no revestimento dos vasos sanguíneos, e com a dilatação desses vasos aumenta a circulação sanguínea em áreas precisas do corpo.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Li e achei interessante.

Resumo

Vinhos e seus benefícios a saúde:
Tem poder antioxidante - ele é benéfico para a saúde devido à presença de polifenóis nas uvas, agindo como antioxidantes. São nutrientes naturais que protegem contra reações químicas indesejáveis no interior do corpo, especialmente a oxidação das células, causadora do envelhecimento e doenças. Essas substâncias são encontradas nas cascas e sementes de uvas tintas.
Diminui chances de pedras nos rins - estudos feitos na Inglaterra e Estados Unidos em 1998, mostram que pessoas que bebem uma taça de vinho por dia têm uma redução de 59% no risco de formação da primeira pedra. O Dr. Gary Curham, autor do estudo, diz: "A urina fica mais diluída, significando um maior fluxo com aumento da secreção de hormônios antidiuréticos."
Melhora a atitude psicológica - qualquer enófilo pode atestar o poder relaxante de uma taça de um bom vinho. Pessoas que bebem uma ou duas taças por dia tendem a um estilo de vida mais moderado e equilibrado e parecem ser mais capazes de administrar o stress.

Você precisa de

Ambiente ideal:
O vinho não gosta nenhum pouco de variações climáticas ou espaciais. Ele prefere "ser esquecido" em locais escuros e frescos.
Garrafas
Evite passar o vinho para uma garrafa de cristal ou de outro material. As pessoas preferem que ele seja servido na garrafa original, para poderem identificar o vinho que estão tomando.
Vinho tinto
As garrafas devem ser abertas com três horas de antecedência para "respirar". Aproveite a ocasião para verificar se o o vinho está ok, checando o seu bouquet (aroma), cor e paladar. Assim você evitará surpresas de última hora. Como você sabe, os tintos dispensam refrigeração.
Antes de abrir a garrafa de vinho, verifique se não há um depósito (borra) no fundo. Se houver, evite agitar a garrafa e transfira o vinho para uma jarra, deixando para trás o depósito.
Uma garrafa deixada durante 8 minutos na água com gelo sofrerá uma redução de 5° C na temperatura, que corresponde a 60 minutos de permanência na geladeira.

Passos

Para comprar vinhos com garantia de qualidade, observe o seguinte:
1º passo:Vá a lojas especializadas ou supermercados que tenham alta rotatividade do produto, pois o vinho envelhece. Alguns são melhores quanto maior a idade, mas outros, não. A maioria tem vida de cinco anos.
2º passo:Prefira vinhos que indique a safra para saber sua idade.
3º passo:Se o produto estiver na caixa fechada, melhor será sua conservação.
4º passo:Observe se, na loja, as garrafas de vinho estão permanentemente em pé e recebendo muito calor, luz e ruído. A maneira correta de acondicioná-las é deitá-las com o gargalo ligeiramente inclinado. Se ficarem completamente deitadas, o líquido faz pressão sobre a rolha, podendo provocar o que chamam de bouchon, um sabor de rolha. As garrafas também não devem ficar em pé, pois a rolha. As garrafas também não devem ficar em pé, pois a rolha vai ficando seca, o que permite a entrada de oxigênio e, com o passar do tempo, vira vinagre.
5º passo:Antes de comprar vários vinhos desconhecidos de uma vez, compre apenas uma garrafa do produto para provar e saber se o gosto lhe agrada.
Os vinhos também devem ser escolhidos de acordo com o cardápio.
O toque predominante na culinária a ser servida determina o tipo de vinho que acompanhará a refeição. Por exemplo:
Culinária simples = vinho simples
Refeição simples = vinho único
Pratos leves = vinho leve
Preparações gordurosas = vinho fresco
Pratos encorpados = vinho forte
Prato regional = vinho regional
Grandes ocasiões = grandes vinhos
O prato e o vinho não devem fazer concorrência entre si. Por exemplo, se for servido um prato bem perfumado, é melhor escolher um vinho cujo bouquet não seja tão acentuado.
Resumindo:
  • Açúcar atenua a acidez
  • A acidez atenua a gordura
  • A suculência atenua o tanino

Importante

Como Servir Vinho:
  • Todo vinho deve ser servido em taças de cristal transparente, para tornar possível o teste visual de cor.
  • O vinho tinto é servido em maior quantidade, por isso sua taça é maior que a do vinho branco. Em ambos, o correto é encher 3/4 da taça.
  • TINTOS
    Envelhecidos e Encorpados - 16 A 18 o C
    Não envelhecidos mas Encorpados - 14 A 16 o C
    Jovens e pouco Encorpados - 12 A 14 o C
    Beaujolais 'Primeur" ou "Nouveau" - 10 A 12 o C
  • BRANCOS
    Secos, Envelhecidos e Encorpados - 12 A 14 o C
    Secos, Jovens e Leves - 6 A 12 o C
    Suaves e Doces - 4 A 6 o C
  • ROSÉS
    Todos de modo geral - 6 - 12 o C
  • ESPUMANTES
    Brut - 6 A 12 o C
    Demi-Sec e Doce - 4 A 8 o C
Combinações:
Cabernet Sauvignon - Um acompanhamento perfeito para carnes vermelhas, carnes de caça, bacalhau, massas com molhos fortes e queijos temperados.
Chardonnay - Deve ser servido gelado (7° C), acompanhando frutos do mar, massas, queijos leves, peixes, aves e outras carnes brancas.
Riesling - Perfeito para ser servido bem gelado e com lagostas, camarões, peixes, massas com frutos do mar, queijos leves e carnes brancas. Vinho leve, perfeito para acompanhar sobremesas.
Churrasco de carne bovina (Picanha, Maminha, etc.) - prato suculento, muito saboroso e rústico, vai bem com um vinho tinto encorpado, jovem, frutado, com boa presença tânica como um Malbec argentino, um Shiraz australiano, um Côte-du-Rhône ou um bom Cabernet Sauvignon nacional.
Para pratos cremosos escolha os vinhos levemente ácidos.
Vinhos encorpados devem acompanhar massas e pratos com queijo.
Prefere-se em geral beber vinho branco antes do tinto, e o seco antes do doce.
Em uma festa com vinhos, calcule 1/2 garrafa por pessoa.
Procure sempre deixar a garrafa deitada de modo que o vinho entre em contato com a rolha, isto fará com que a mesma não resseque e encolha evitando que o vinho evapore.

Fonte:
http://wiki.bemsimples.com/display/cozinha/DICAS+SOBRE+VINHOS

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

frases, poesias e vinho


Fernando Pessoa
"Boa é a vida, mas melhor é o vinho"

Ernest Hemingway
"O Conhecimento e a educação sensorial apurada podem obter do vinho prazeres infinitos." (Death in the Afternoon)


Carlos Arruda
"O vinho é o melhor lugar para se encontrar com os amigos"

A Alma do Vinho, de Charles Beaudelaire

Alma do vinho assim cantava na garrafa:

"Homem, ó deserdado amigo, eu te compus,

Nesta prisão de vidro e lacre em que se abafas,

Um cântico em que só há fraternidade e luz!"

(Extraído poema L'Âme du Vin)

Cícero
"Os vinhos são como os homens: com o tempo, os maus azedam e os bons apuram."

Fleming
 "A penicilina cura os homens, mas é o vinho que os torna felizes."

Sócrates
"O vinho molha e tempera os espíritos e acalma as preocupações da mente...ele reaviva nossas alegrias e é o óleo para a chama da vida que se apaga. Se você bebe moderadamente em pequenos goles de cada vez, o vinho gotejará em seus pulmões como o mais doce orvalho da manhã...Assim, então, o vinho não viola a razão, mas sim nos convida gentilmente à uma agradável alegria."


Soneto do Vinho, de Jorge Luis Borges

Em que reino, em que século, sob que silenciosa

Conjunção dos astros, em que dia secreto

Que o mármore não salvou, surgiu a valorosa

E singular idéia de inventar a alegria?

Com outonos de ouro a inventaram.

O vinho flui rubro ao longo das gerações

Como o rio do tempo e no árduo caminho

Nos invada sua música, seu fogo e seus leões.

Na noite do júbilo ou na jornada adversa

Exalta a alegria ou mitiga o espanto

E a exaltação nova que este dia lhe canto

Outrora a cantaram o árabe e o persa.

Vinho, ensina-me a arte de ver minha própria história

Como se esta já fora cinza na memória.

L´éloge du vin, par Omar Khayyam

Je bois et qui boit a comme moi la raison saine.

Si je bois, c´est pour Lui pardonnable fredaine.

Dieu, dès le premier jour, savait que je boirais,

Puis-je en ne buvant pas rendre sa science vaine ?



Ah ! Ne maise jamais la tristesse t´atteindre,

Et d´absurdes soucis trembler tes jours, t´étreindre.

N´abandonne ni fleurs, ni libres ni baisers

Avant que le destin furtif vienne t´éteindre.



Bois ! Le vin chasse au loin les misères abjectes

Et vos pensers troublants, Soixante-douze sectes !

Ne fuis pas l´alchimiste, il saura dissiper

Et toi mille soucis, soucis dont tu l´affectes.



Le vin prohibé, tout dépend du personnage

Qui le boit, de son prix et du compagnonnage.

Ayant réalisé ces trois conditions,

Dis : ´ Qui donc boit du vin, qui, si ce n´est le sage ?

domingo, 18 de outubro de 2009


Uvas

Qual o papel da qualidade da uva na produção de um bom vinho?

De uma boa uva nasce um bom vinho - grape.com
Qual o papel da qualidade da uva na produção de um bom vinho?
Para se ter uma idéia, vamos contar uma história: “Ao adquirir o famoso vinho Château Margaux, em 1977, André Mentzelopoulos estava preocupado com a qualidade dele (o vinho) nos últimos anos. Por isso, contratou como consultor um dos ícones da enologia moderna, Émile Peynaud, e lhe pediu para produzir o melhor vinho do mundo. Peynaud prontamente respondeu que não seria difícil, bastava que lhe dessem as melhores uvas.” Muitos enólogos (profissionais que atuam na elaboração do vinho) dizem que a matéria prima (uva) representa a quase totalidade da qualidade de um vinho.
Como se dá a gestação e o parto do vinho? Podemos resumir dizendo que vinho é o produto da vindima (colheita da uva) submetido ao processo químico da fermentação, em que leveduras da própria pele da uva ou adicionadas a ela, transformam o açúcar da uva em álcool. As leveduras também produzem vários subprodutos que podem acrescentar ao vinho aroma e sabor. Portanto, muitos dos aromas (frutados, especiarias, couro, minerais, etc.) e sabores percebidos quando se degusta um vinho são originados do processo de fermentação ou do envelhecimento na garrafa. Nenhum destes aromas e sabores é adicionado, como algumas pessoas inicialmente pensam antes de conhecerem mais sobre o vinho.
A quantidade de uvas na natureza é enorme! Existem várias espécies de uva (Vitis rupestris, Vitis labrusca, etc.) e cada uma destas espécies possui muitas variedades, denominadas castas ou cepas. Porém, apenas a espécie Vitis viníferas e suas variedades - quando plantadas em solos com sais minerais e outros componentes e em condições climáticas adequadas de calor, frio, sol e chuva harmoniosamente distribuídos – servem de matéria prima para a produção de bons vinhos.
Cada variedade, com sua tipicidade única, produz vinhos diferentes. Por exemplo, um vinho feito com a uva branca gewurztraminer se mostrará muito perfumado, com toques florais, frutas exóticas (lichia, principalmente) e especiarias entre aromas e sabores. Já um vinho tinto com a uva pinot noir evidenciará uma cor vermelha mais clara, com aromas de frutas vermelhas silvestres, toques terrosos e de couro quando envelhecido. Existem vinhos que são feitos com misturas, assemblage, que podem unir as qualidades de diferentes uvas. A tipicidade, como já dito anteriormente, pode ter sua qualidade modificada pelos fatores físicos, geográficos, etc., o que é chamado de terroir.
http://www.vinhoesexualidade.com.br
Gerson Lopes

Vinho Doce



Chateau Climens - Exemplo de um grande vinho doce.
Existem várias maneiras dos produtores fazerem vinhos doces ou de sobremesas, porém, os melhores são aqueles em que o açúcar provém da própria uva. Seja porque são feitos de uvas ultra-maduras (colheita tardia ou "Late Harvest" no Novo Mundo), secas (os Reciotto na Itália e o vin de Paille na França), congeladas na videira (Eiswein na Alemanha e Áustria e o Ice Wine no Canadá) e dos maravilhosos néctares obtidos da podridão nobre ("good botrytis" em inglês, "pourriture noble" em francês, "edeliäule" em alemão e "muffa" em italiano), em que as uvas maduras de algumas regiões (Sauternes, Montbazillac, Loire e Alsácia na França; Tokaji na Hungria; Alemanha; Áustria e Itália) são atacadas por um fungo - Botrytis Cinerea, sob condições climáticas adequadas (manhãs com névoas e tardes secas e quentes).
Outros clássicos vinhos doces são os: Porto e Madeira- portugueses, Málaga espanhol e o Marsala italiano (veja fortificados). Na França, essa mesma técnica (adição de álcool) é utilizada para se fazer o "vin doux naturels", como o Muscat de Beaumes-de-Venise (o mais interessante), Muscat de Riversaltes, Maury e o Banyuls (famoso por se dizer que é o melhor que "casa" com chocolate). No Jerez e o Montilla doces, a adição de álcool se dá após a fermentação completa, sendo adocicado pela adição de um concentrado de xarope de uva.

Vinhos Botritizados

Um fantástico Tokaji feito com uvas botritizadas.
Ricos, suculentos, luxuriantes, voluptuosos, doces, viscosos, surpreendentemente refrescantes, longevos são alguns dos predicados que normalmente se utilizam quando se degustam um Sauternes (nem todos são atacados pela Botrytis), um Beerenauslese e Trockenbeerenauslese alemães e austríacos, um Tokaji húngaro e um Sélection de Grains Nobles alsaciano, dentre os maiores. Alguns vinhos do Novo Mundo são botritizados de uma maneira "artificial", pulverizando as uvas colhidas com esporos de Botrytis em um local, em que se tenta simular as condições ideais do processo da botritização. A botritização natural se dá de modo que as uvas maduras nas parreiras se mostram secas, com alto teor de açúcar e complexidade, obtendo vinhos doces com uma untuosidade ímpar e perfeita acidez para contrapor a maciez (álcool e doçura).

Late Harvest

Moscatel de Alejandria - Um chileno feito com uvas muito maduras.
Como o próprio nome diz: colheita tardia. O produtor, não podendo contar com a Botrytis, retarda propositalmente a colheita até que as uvas se mostrem muito maduras, portanto, com alta concentração de açúcares. É a maneira mais utilizada pelo Novo Mundo para produzir vinhos doces.

Ice Wine ou Eiswein

Em algumas regiões do mundo (Alemanha, Áustria e Canadá), propositalmente, deixam-se as uvas congelarem nos cachos e, colhidas na época certa, são prensadas antes do degelo (colhidas na madrugada, antes de o sol aparecer). O resultado é um caldo doce, com muito boa acidez e baixo teor alcoólico. A água permanece na prensa, sob forma de cristais. Esses vinhos, obtidos por congelação natural devido ao clima da região, assim como os botritizados, são raros e caros. Em alguns lugares, pode utilizar-se de uma "máquina" para produzir congelamento artificial na feitura de vinhos tipo Eiswein ou Ice Wine.
Anselmann Riesling Eiswein - O ice wine alemão.

Outro método

O precioso Vin de Paille.
Outra maneira de se fazer vinho doce é deliberadamente espalhar as uvas colhidas em tabuleiros, telinhas ou pendurá-las para secar. Esse é outro método em que se concentra doçura nas uvas, pela perda da umidade (água), por evaporação, fazendo-as ficarem secas. O nordeste da Itália, Áustria e França (Vin de Paille), são os locais em que esse processo pode ocorrer.
Gerson Lopes


fonte:
http://www.vinhoesexualidade.com.br

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Valduga inova com linha internacional

Um dos maiores produtores nacionais de espumantes, a Valduga fechou 2008, literalmente, com chave de ouro. O espumante Arte Brut (26 Reais), um corte clássico de Chardonnay (70%) e Pinot Noir (30%), produzido na serra gaúcha, foi o escolhido pelo Bar & Champanheria Copacabana, o único quiosque da famosa praia que só vende esse tipo de bebida, para ser servido aos turistas que passaram o final do ano no Rio. No front dos vinhos tranquilos, a Valduga comemorou, no ano passado, a ampliação de seu projeto Mundus, iniciado com o lançamento de três vinhos (dois Malbec e um Cabernet Sauvignon) desenvolvidos na Argentina. A proposta da empresa não é importar vinhos, mas produzi-los em seus países de origem sob orientação dos enólogos da Valduga, que acompanham (e orientam) todo o processo – da seleção do vinhedo ao engarrafamento. No final do ano passado, foi lançado um Cabernet Sauvignon produzido no Chile e, no futuro, está prevista a chegada de novos rótulos vindos de outros países (África do Sul, Portugal, Itália e Austrália estão na lista). Segundo Juciane Casagrande, diretora comercial da vinícola, “trata-se de uma linha internacional, mas com assinatura e estilo brasileiros”. Casa Valduga - http://www.casavalduga-rio.com.br/premiacoes.html

Concha y Toro reforça linha Trio

A Expand e a Concha y Toro trouxeram ao Brasil o chef venezuelano Sumito Estevez, para harmonizar pratos de inspiração latino-americana com os vinhos da linha Trio. Sumito dirige o Instituto Culinário de Caracas, uma escola de formação intensiva de chefs, e apresenta um programa de televisão e outro de rádio em seu país. A proposta da linha Trio é oferecer vinhos de corte de três uvas, com boa relação preço/qualidade (faixa de R$ 40). O primeiro prato, Salmão com molho holandês de maracujá, uma delicada mostra de salmão fresco, curado por 24 horas com sal, açúcar e cachaça, com um molho de maracujá reduzido no próprio vinho, foi servido com um Trio 2007, corte de Chardonnay (70%), Pinot Grigio (15%) e Pinot Blanc (15%). A seguir, Sumito apresentou uma Massa dobrada de cacau, em que a idéia foi associar os aromas de chocolate do Trio 2006, corte de Merlot (60%), Carménère (25%) e Cabernet Sauvignon (15%) com uma massa misturada com cacau. O prato estava delicado para o vinho moderno e concentrado. O terceiro prato foi um Frango ao vinho, o famoso Coq au Vin, com o molho reduzido no próprio vinho, um Trio 2006, corte de Cabernet Sauvignon (70%), Shiraz (15%) e Cabernet Franc (15%), com resultado equilibrado. Sumito considera a redução com vinho o “soro da verdade” e explica: “Se o vinho é ruim, a redução é horrorosa”. Não foi o que aconteceu, claro. O prato foi acompanhado por cogumelos, batatas e bacon comprados no Mercado Municipal de São Paulo, que impressionou o chef pela variedade de produtos oferecidos. Expand - www.expand.com.br

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Grande encontro de blogueiros e aficionados pelo vinho


Meninas e meninos,
Depois de um longo interregno, volto ao ar dizendo que neste mês teremos um grande acontecimento para os blogueiros em geral e a todos os amantes do vinho, este líquido sacrossanto.
Meu amigo Beto Duarte, do blog PAPO DE VINHO- http://papodevinho.blogspot.com/
organizou com a imediata adesão das maiores importadoras e vinícolas um encontro para ninguém botar defeito.
Dia 27/ deste mês, no Hotel San Raphael no Largo do Arouche, 150 -20º-Salão Dourado (com vinhos tudo fica mais dourado).
Maiores informações 11 9108-5781.
Nos vemos lá!
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão
http://divinoguia.blogspot.com

Vinho Outlet 2009


Meninas e meninos,
Seguem informações sobre o Vinho Outlet 2009, que se for igual ao de 2008 já será sucesso garantido!
De 15 a 18 de outubro, os paulistanos terão um espaço especial para degustar e adquirir por preços altamente competitivos vinhos Brasileiros e de outras nacionalidades no ‘Vinho Outlet 2009’, único evento voltado exclusivamente ao consumidor final que ocorre no Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca, em São Paulo.
Durante quatro dias de atrativas promoções, apreciadores novatos e experientes poderão conferir uma grande variedade em tintos, brancos, rosés e espumantes. “São milhares de rótulos com excelente relação best-value e descontos de até 50% com pronta entrega para abastecer a adega, antecipando as compras para as festas de final de ano”, afirma Zoraida Viotti, uma das organizadoras do evento. “Uma das grandes vantagens é que o público poderá degustar, antes de adquirir”, completa.
Estarão disponíveis mais de 1.000 rótulos apresentados pelas importadoras e produtoras Interfood, Bruck, KMM, Delmaipo, Salton e Miolo, entre outras.
Os vinhos do Brasil também marcam presença com a vinícola Aurora e produtores gaúchos ainda inéditos no mercado paulista como Barcarola, Chesini, Don Miguel, Florence, Góes e Venturini, Mascarello, Milantino, Perini, Peruzzo, Pompéia, Terragnolo e Viapianna reunidos pelo Ibravin - Instituto Brasileiro do Vinho.
Vinho Outlet 2008

A Vinho Outlet estreou em São Paulo em 2008, com a organização realização da TradeNetwork, empresa responsável pela Expo Money.
A edição reuniu mais de 5 mil participantes, 22 vinícolas nacionais, 8 importadores e mais de 1.500 rótulos diferentes.
Cursos para iniciantes e experts Coordenada pelo especialista Eduardo Viotti, a programação da 2ª edição do ‘Vinho Outlet’ traz uma série de palestras onde os participantes poderão aprender como comprar, servir, degustar, harmonizar e desvendar a cultura e a história do vinho. “As atividades paralelas serão uma ótima oportunidade para quem deseja ingressar ou aprofundar seus conhecimentos sobre a arte de apreciar um bom vinho”, ressalta Eduardo. Confira abaixo a programação completa:

Dia 15 (quinta-feira) 40 lugares
16 horas - Aprenda a ler os Rótulos dos vinhos
17 horas - Vinho Tinto, você sabe como é feito?
18 horas - Conheça as principais regiões e uvas vinícolas da França
19 horas - Como, quando e com o que servir vinhos brancos

Dia 16 (sexta-feira) 40 lugares
16 horas - Aprenda a comprar vinho: o que se deve levar em conta, preço ou qualidade?
17 horas - Vinhos do novo mundo x Vinhos do velho mundo. Você sabe reconhecer?
18 horas - Conheça as principais regiões e uvas vinícolas de Portugal.
19 horas - Vinhos para casamento: como escolher, o que considerar na compra.

Dia 17 (sábado) 40 lugares
16 horas - Espumantes Brasileiros: uma boa escolha, venha conferir.
17 horas - Como harmonizar vinhos, acompanhamentos e pratos.
18 horas - Conheça as principais regiões e uvas vinícolas da Itália.
19 horas - Construindo o ambiente ideal para degustar vinhos.
Dia 18 (domingo) 40 lugares
16 horas - Dicas para a guarda e conservação dos vinhos.
17 horas - Com a chegada do verão, conheça melhor os Vinhos Rosé da Provence.
18 horas - Conheça os principais países emergentes na produção do vinho.
19 horas - O que é necessário para montar uma boa adega?
Horário: das 14 às 22 horas
Local: Centro de Convenções Frei caneca - Avenida Frei Caneca, 569 – 5º andar, São Paulo - SP
Entrada: R$ 30,00 com direito a taça de degustação
http://www.vinhooutlet.com.br/
Até o próximo brinde!

Álvaro Cézar Galvão
http://divinoguia.blogspot.com/

domingo, 20 de setembro de 2009

Vinho Verde




Spacer
O Vinho Verde é único no mundo. Um vinho naturalmente leve e fresco, produzido na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, no noroeste de Portugal, uma região costeira geograficamente bem localizada para a produção de excelentes vinhos brancos. Berço da carismática casta Alvarinho e produtora de vinhos de lote únicos, a Região dos Vinhos Verdes festejou em 2008 o centenário da sua demarcação.
Com baixo teor alcoólico, e portanto menos calórico, o Vinho Verde é um vinho frutado, fácil de beber, óptimo como aperitivo ou em harmonização com refeições leves e equilibradas: saladas, peixes, mariscos, carnes brancas, tapas, sushi, sashimi e outros pratos internacionais.
A flagrante tipicidade e originalidade destes vinhos é o resultado, por um lado, das características do solo, clima e factores sócio-económicos da Região dos Vinhos Verdes, e, por outro, das peculiaridades das castas autóctones da região e das formas de cultivo da vinha. Destes factores resulta um vinho naturalmente leve e fresco, diferente dos restantes vinhos do mundo.

Fonte:
http://www.vinhoverde.pt

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A escolha da taça de cristal para vinho.

Uma pesquisa que ajudará muito a escolha das taças.
O modelo e estilo de cada taça deve ser compatível com a fermentação do vinho: tinto, branco, rosé, champanhe e licoroso,  para que surjam o caráter e as emoções em cada gole.
A importância da apresentação adequada dos cristais é porque o vinho é um líquido vivo, que fermenta dentro da garrafa, e quando são abertos sabemos que o oxigênio tem um impacto sobre o produto e as manipulações seguintes realizadas (conservação, temperatura, mudança, transporte, decantação) o vinho pode reagir positiva ou negativamente.
Tente evitar beber mais de um tipo de vinho na mesma taça, porque o sabor e os vestígios do vinho precedente afetam o sabor do outro.
Por isso, proporcionar sempre o máximo de taças de vinho, sem esquecer a de água.
A taça para vinho também é imagem plástica, uma bela decoração para a mesa. Para não cometer erros e obter o melhor efeito, os grandes cristais são o melhores, dispostos sobre uma toalha branca.
Os cristais coloridos nunca devem ser usados.  O que torna o vinho atraente, tanto do ponto de vista de impressões sensitivas como de avaliação técnica, vem do visual e isto será inviável num cristal colorido, ótimo para decoração, fora de decisão se usá-lo para tomar vinho. As taças devem ser transparentes, sem desenhos ou adornos (lapidações), ou seja sem  qualquer exagero que atrapalhe a visão, o olfato e o paladar do vinho.
Sempre limpos e livres de qualquer resíduo que possam atrapalhar a degustação do vinho. Tanto pelo aspecto de limpeza em si como no sentido de proteção dos mesmos, que são na maioria bastante frágeis e delicados.
Para cada cristal o formato é uma técnica pura. Depois de muitos anos e estudos, os recipientes foram desenvolvidos para conduzir o vinho para a boca e o nariz de maneira a realçar cores, aromas e sabores do fermentado, o que influencia no resultado.
Existem basicamente três escolhas que variam de acordo com a presença e o teor de chumbo, metal que é utilizado na produção: de cristal (com 24% de chumbo), cristal de vidro (com 10% de chumbo) ou vidro (isento de chumbo). O chumbo é o que dá mais leveza, delicadeza e sonoridade, além de fazer com que a espessura da taça seja mais fina.
O chumbo é tóxico e pode causar envenenamento, mas após muitos estudos e pesquisas, ficou determinado que 24% de chumbo é um percentual seguro. Este é o índice usado em todas as  cristalerias pelo mundo. A partir disto surgiu o cristal: mais fino, muito mais delicado e muito mais frágil. O vinho pode ser bebido  tranquilamente em um bom cristal devido ao chumbo pois o tempo de contato dele com a taça é insignificante para que ocorra uma contaminação.
Os cristais puros são as mais permeáveis (são os corpos que deixam passar através de seus poros outros corpos, tais como fluidos e líquidos); fator que é inquestionável quando giramos um cristal com vinho enquanto o degustamos, forçando as moléculas contra a parede áspera, que se quebram e alcança uma grande concentração de aromas.

Dicas:
1 - requisitos básicos para os cristais: taça separada da base por uma haste; abertura mais estreita que o bojo; cristal ou vidro fino; incolor; limpeza cuidadosa; volume em torno de 350 ml e o conteúdo servido não deve ultrapassar a metade da sua capacidade.
2 - comprar um par de taças por mês. Formando assim uma coleção completa, para que as degustações sejam mais extraordinárias.
3 - todos os cristais possuem haste e ela não está lá para enfeite. A haste serve para que você segure de maneira correta, sem encher o bojo do cristal com marcas de dedos, e minimizar o aquecimento do líquido quando em contato com a mão.
4 – a taça usada em degustações oficiais é a Taça ISO, serve tanto para brancos quanto para os tintos. É o melhor modelo para você começar seu patrimônio.

5 - Cristais cheios de lapidações só servem para enfeitar a cristaleira da vovó.

Curiosidade: aqueles cristais baixos e largos como sendo de Champagne muito usados em outras épocas, a lenda conta que seu formato foi moldado no seio de Rainha Maria Antonieta (da França) eles não devem ser usados, pois a sua abertura é larga, o que dificulta a formação de espuma e faz com que o aroma se disperse no ar. Como também sua altura é pequena que não permite o correto desprendimento das borbulhas.
Fonte: http://www.casamentoecia.com.br

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

QUEIJOS & VINHOS....




BRIE
Características: Origem França Aveludada casca branca produzida pela Pennicilium Candidun, massa branca e cremosa, após 20 dias de fabricação..

Como servir: Puro, com pães, em saladas, em recheios e acompanhamentos de carnes.

Acompanhado de vinho branco Chardonnay, para brie jovem, ou tinto Shiraz, para brie maduro

(mais de 30 dias).


EMMENTAL

Características: Origem Suíça. Massa amarelo claro, textura macia, grandes olhaduras e sabor adocicado. Formas grandes de até 100 quilos

Como servir: Puro, em fondues, sanduíches ou pratos para gratinar. Vai bem com vinhos tintos Pinot Noir e Cabernet Sauvignon.

GORGONZOLA

Características: Massa cremosa ou quebradiça, sabor pungente ligeiramente salgado, veios azulados da maturação por Pennicilium Roquerforti.

Como servir: Puro, sopas, pizzas e em molhos e vinho tinto encorpado do tipo San Giovese.

GRUYÈRE

Características: Origem Suíça, textura macia, massa amarela clara, olhaduras (buracos típicos dos queijos suíços)e sabor adocicado. Formas grandes.

Como servir: Na tábua de queijos, em foundues, em quiches e pratos gratinados e em sanduíches frios, fatiado. Casa-se bem com vinho tinto Shirar ou um moscato.

PARMESÃO

Características: Textura firme e granulosa, sabor caracteristicamente picante e ligeiramente salgado.

Como servir: Puro, em saladas e carpaccio ou ralado sobre massas. Uma boa opção é ser escoltado por vinho tinto Cabernet Sauvignon.

CAMEMBERT

Características: Massa branca, cremosa, coberta por característica aveludada casca branca originada na maturação por Penicillium Candidum.

Como servir: Puro, com pães, pera ou maçã verde, em saladas, em recheios quentes.. Com vinho tinto Shiraz, se o camember for maduro (acima de 20 dias) ou um branco Chardonnay, se ele for jovem.

PROVOLONE

Características: Massa fechada amarelo clara, sabor defumado e ligeiramente picante.

Como servir: puro, assado ou à milanesa, combina com vinhos tintos Pinot Noir e San Giovese.

ROQUEFORT

Características: Feito de leite de ovelha, levemente cremoso e úmido, e com veios azul esverdeados da maturação por Penicillium Roqueforti.


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Mistral - Agosto 2009 - Promoções

A Mistral preparou para você uma seleção especial com algumas ótimas sugestões de compra. Não perca! São rótulos premiados com altas notas e recomendados por críticos influentes, como Robert Parker e a revista Wine Spectator, e que ainda mostram uma excelente relação qualidade/preço. Vinhos com estas notas por estes preços, você só encontra na Mistral. Confira AQUI estas verdadeiras pechinchas!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

VINAGORA INTERNATIONAL COMPETITION




Merlot Premium 2006 da Casa Valduga
garante único ouro para o Brasil na Hungria

A sofisticação e excelência dos vinhos Casa Valduga continuam destacando-se internacionalmente, principalmente nos prestigiados concursos da Europa. Depois de premiações conquistadas na França, Inglaterra e Itália, agora foi a vez da Hungria reconhecer a qualidade dos vinhos da vinícola gaúcha.

Na 10ª edição do VinAgora International Competition, realizado em Sopron, a Casa Valduga comemora a única Medalha de Ouro do Brasil para o seu Merlot Premium 2006, que concorreu com 552 amostras provenientes de 21 países. Outro destaque foi o Cabernet Franc Premium 2006 que também pontuou os brasileiros conquistando Medalha de Prata.

Realizado pela Organização Internacional da Uva e do Vinho (OIV) e União Internacional de Enólogos (UIOE), o concurso VinAgora também integra a Federação Mundial dos grandes concursos internacionais de vinhos e licores (VINOFED).

Representante do Estado do Rio de Janeiro
Ricardo Romeiro / ricardovalduga@predialnet.com.br
Tel. (21) 2512-0779 / 2512-0784 / 9124-5496 / Fax: 3507-5717

sábado, 8 de agosto de 2009

Estamos saindo do INVERNO, então precisamos acertar na a temperatura.

Temperatura do Vinho

Ao degustar um vinho, há vários fatores que afetam a nossa percepção e podem contribuir para que a experiência seja otimizada em seus aromas e sabores. Não há dúvidas de que a temperatura de Serviço é o principal fator isolado a contribuir com esta percepção - e não é díficil entender as razões.

Os Fatos

Quanto mais gelado o vinho, mais são realçados a acidez, o amargor e os taninos. Quanto mais quente, mais o álcool se volatiliza e fica aparente. Sabemos que o equilíbrio de um vinho se dá entre a dureza (acidez, amargor e taninos) e a maciez (álcool e açúcar). Assim, se o vinho estiver abaixo da temperatura ideal de consumo ficará muito duro; se estiver acima, ficará alcoólico.

Os vinhos brancos não têm taninos e, portanto, se forem consumidos à mesma temperatura dos tintos, ficarão alcoólicos, pois a acidez sozinha em geral não consegue equilibrar o álcool. Quando reduzimos a temperatura, ficam mais frescos e agradáveis.

Já os vinhos tintos, se resfriados demais, ficam muito duros e desagradáveis, "travando" a boca, já que a acidez e os taninos ficam realçados ao mesmo tempo.

Por outro lado, os aromas mais complexos dos vinhos necessitam de uma temperatura mínima para se desprenderem, o que faz um vinho praticamente inodoro ao ser degustado a temperaturas muito baixas.

Para espumantes, devem ser evitadas altas temperaturas, pois o gás carbônico se desprende rapidamente.

Os princípios Fundamentais

Em decorrência dos fatos citados, podemos tirar algumas conclusões:

Nenhum vinho deve ser degustado acima de 20ºC, pois o álcool evapora com muita intensidade, tornando a sensação alcoólica predominante e, portanto, desequilibrando o vinho.

A afirmação popular de que os vinhos tintos devem ser consumidos à temperatura ambiente (chambré) não vale para o nosso país tropical.

Não tenha receio de colocar um vinho tinto num balde de gelo por algum tempo para refrescá-lo e levá-lo à temperatura adequada. Consumir um vinho a 25º é um desperdício desnecessário.

Cuidado para não "esquecer" um vinho branco no balde de gelo, reduzindo demais sua temperatura. "Quanto mais gelado melhor" também não é verdadeiro, mesmo em um dia de calor.

Vinhos doces, que necessitam, portanto, de uma alta acidez para equilibrar os açúcares residuais, demandam temperaturas mais baixas, caso contrário serão percebidos como completamente "chatos" pela falta de acidez.

Vinhos tintos em geral devem ser degustados a temperaturas mais elevadas que os brancos, para que os taninos não se mostrem excessivamente adstringentes e amargos. Quanto maior a carga tânica, maior deve ser a temperatura de serviço, como regra.

Quanto mais aromaticamente complexo for o vinho, devemos usar uma temperatura mais elevada para melhor apreciação destes aromas.

Os vinhos brancos têm no seu frescor, proporcionado pela acidez, um dos principais pilares de sua apreciação. Assim sendo, é essencial que a temperatura de serviço seja mais baixa, tomando-se apenas o cuidado de não resfriar demais, a ponto de anular seus aromas.

Tabela Prática

Existem divergências entre os principais autores quando se trata de definir a melhor temperatura para consumo de cada tipo de vinho. De modo geral, podemos utilizar a tabela de temperaturas abaixo como guia.

VINHOSTEMP(ºC)
Champanhes e Espumantes5 a 8
Brancos Doces6 a 8
Brancos Secos Leves8 a 10
Brancos Médios10 a 12
Branco Secos Encorpados12 a 13
Brancos aromáticos e semisecos7 a 9
Rosés8 a 12
Tintos Leves14 a 16
Tintos Médios16 a 17
Tintos Encorpados16 a 20
Fortificados Secos8 a 10
Porto Tinto Doce10 a 16

Dicas

Como atingir a temperatura adequada em cada situação? Como a temperatura ambiente estará provavelmente acima da temperatura de serviço, é preciso levar em conta que o vinho irá aquecer na taça após ser servido. Assim, recomenda-se servir próximo do limite inferior da faixa de temperatura recomendada. Se tivermos o vinho armazenado em uma adega a cerca de 15º, os vinhos tintos já estarão muito próximos da temperatura de serviço desejada.

Os tintos mais encorpados chegarão em pouco tempo à temperatura ideal e podem eventualmente contar com a ajuda das mãos em volta da taça para acelerar o aquecimento.

Os vinhos brancos com certeza necessitam de resfriamento. Para tanto, o melhor método é o uso de um balde com gelo e água, que refrigera muito mais rápido do que a geladeira. O gelo sem água não é eficiente, pois a superfície de contato com a garrafa é pequena. Para servir, envolva a garrafa com um guardanapo, evitando assim que pingue.

Se não tiver adega climatizada, colocar o vinho na geladeira antes do consumo ajuda a baixar a temperatura. Para os brancos, uma a duas horas antes do consumo e, para os tintos, meia hora, dependendo da temperatura de partida.

Medindo a Temperatura

A maneira mais prática de medir a temperatura é com um termômetro de arco metálico, que se encaixa por fora da garrafa e permite a leitura, mesmo que esteja fechada.

Fonte da informação : http://www.adegadovinho.com.br


segunda-feira, 20 de julho de 2009

Vino de Epanha

A Espanha, detentora da maior área cultivada em vinhedos no planeta é, sem dúvida, um país de grande tradição vinícola e possui inúmeros vinhos de alta qualidade. Desconhecê-los é ignorar uma importante parte do maravilhoso mundo do vinho.

Existem hoje na Espanha 54 regiões D.O.s (Denominación de Origen), e boa parte delas têm seus vinhos consumidos localmente ou exportados em pequenas quantidades. Nos últimos anos, tem sido crescente o interesse mundial pelos vinhos espanhóis, levando ao aumento das exportações, mas, ainda assim, são poucos os melhores vinhos disponíveis no mercado internacional e especialmente no Brasil.


Aqui são apresentadas D.O.s agrupadas nas regiões Nordeste, Noroeste, Centro, Sudeste, Sudoeste e Ilhas Canárias, com seus principais vinhos e uvas utilizadas na sua elaboração.

Os vinhos espanhóis estão classificados em três níveis de qualidade, a saber:

  1. Vino de mesa - vinho inferior, cuja produção pode ser feita em qualquer região do país, e que não se enquadra na categoria Denominación de Origen (D.O.).
  2. Vino de la Tierra - vinho de mesa um pouco mais diferenciado, produzido em região vinícola tradicional do país (Andalucía, Castilla-La Mancha, etc.), e que não se enquadra na categoria D.O.
  3. Vino de Denominación de Origen (D.O.) - vinho de qualidade, produzido em região delimitada e sujeito a severas regras que regulam as características do solo, os tipos de uvas utilizadas, o método de vinificação, o teor alcoólico, o tempo de envelhecimento, etc. equivale a AOC francesa e à DOC italiana.

Outras categorias
Existem categorias baseadas no tempo de envelhecimento dos vinhos que foram utilizadas inicialmente pela região de Rioja, e são adotadas na maioria das D.O.s, a saber:

  • Vino joven ou Vino Sin Crianza ou Vino del Año - Vinho jovem, um pouco envelhecido, mas não o suficiente para ser considerado "crianza".
  • Vino de Crianza - Vinho (tinto, branco ou rosé) de melhor qualidade, envelhecido pelo tempo mínimo de 2 anos, dos quais pelo menos 12 meses em barril de carvalho para os vinhos tintos e 6 meses em barril de carvalho para os brancos e rosados.
  • Vino Reserva - Vinho superior feito nas melhores safras. Os tintos devem ser envelhecidos pelo tempo mínimo de 3 anos, dos quais pelo menos 1 ano em barril de carvalho, enquanto os brancos e rosés podem envelhecer apenas 2 anos, dos quais 6 meses em carvalho.
  • Vino Gran Reserva - Vinho superior feito nas safras excepcionais. Os tintos devem envelhecer pelo tempo mínimo de 5 anos, dos quais pelo menos 2 anos em barril de carvalho. Os vinhos brancos e rosés podem envelhecer apenas 4 anos, dos quais 6 meses em carvalho.

Existem ainda outras categorias, tais como:

  • Vino de aguja - vinho branco frisante
  • Vino de licor (generoso) - vinho doce, de sobremesa, fortificado (que sofre adição de aguardente vínica)
  • Vino dulce natural - vinho doce não fortificado também ideal para a sobremesa
  • Vino gasificado - vinho tranqüilo (não espumante) elaborado mediante a adição de gás (CO2)

Regiões vinícolas
CENTRO

Esta região situa-se no platô centro-sul do país, nas vizinhanças da cidade de Madrid e compreende as seguintes D.O.s: La Mancha, Méntrida, Mondéjar, Valdepeñas e Vinos de Madrid.

La Mancha
Esta D.O. é a mais extensa região vinícola do mundo (170 mil hectares) e situa-se ao sul de Madrid, entre as cidades de Toledo e Albacete. Produz vinhos simples, ligeiros e de bom frescor, tanto brancos como tintos varietais e rosés.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Airén, Mabaceo, Pardillo e Verdoncho

Uvas Tintas: Cabernet Sauvignon, Cencíbel, Garnacha e Moravia

Méntrida
Situa-se entre as cidades de Madrid, Toledo e Ávila e possui vinhos rosés frutados e tintos jovens, potentes e encorpados, feitos principalmente à base de Garnacha.

Uvas permitidas:

Uvas Tintas: Garnacha, Tinto Basto (Tinto de Madrid ou Tempranillo) e Cencíbel

Mondéjar
É a mais nova D.O. (1996) e fica a sudoeste e próxima à cidade de Guadalajara, ao norte de Madrid. Seus vinhos são tintos de médio corpo e brancos ligeiros.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Macabeo, Malvar e Torrontés

Uvas Tintas: Cabernet Sauvignon e Cencíbel (Tempranillo)

Valdepeñas
Fica próxima às D.O.s Méntrida e La Mancha ao sul da cidade de Toledo e seus vinhos principais são tintos de qualidade, jovens e de crianza, e brancos ligeiros à base de Aíren.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Airén e Macabeo

Uvas Tintas: Cabernet Sauvignon, Cencíbel (Tempranillo) e Garnacha

Vinos de Madrid
Situa-se nos arredores de Madrid e seus vinhos mais importantes são tintos robustos, um pouco rústicos, elaborados com Tempranillo e Garnacha, brancos saborosos feitos com Malvar e rosés potentes e frutados à base de Garnacha.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Airén, Albillo, Malvar, Parellada, Torrontés e Viura

Uvas Tintas: Cabernet Sauvignon, Garnacha, Merlot e Tempranillo (Tinto Fino ou Cencíbel)

NORDESTE

Engloba as províncias do País Basco e da Cataluña e está inscrita no polígono formado pelas cidades de San Sebastian, ao norte, Zaragoza, ao sul, Logroño, a oeste, e Gerona a leste. Nessa área estão localizadas dezoito regiões D.O.: Alella, Bizkaiko-Txakolina (ou Txacoli de Vizcaya), Calatayud, Campo de Borja, Cariñena, Cava, Conca de Barberá, Costers del Segre, Empordà-Costa Brava, Getariako-Txakolina (ou Txacoli de Guetaria), Navarra, Penedés, Pla de Bages, Priorat, Rioja, Somontano, Tarragona e Terra Alta.

Alella
Está logo acima de Barcelona nas colinas ao longo do litoral mediterrâneo. Produz, principalmente, vinhos brancos aromáticos, secos ou suaves. Possui também rosés saborosos e tintos frutados, especialmente os varietais à base de Merlot.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Garnacha Blanca, Pansá Blanca, Pansá Rosada e Xarel-lo

Uvas Tintas: Cabernet Sauvignon, Garnacha, Garnacha Peluda, Merlot e Ull de Llebre (Tempranillo)

Bizkaiko-Txakolina (Txacoli De Vizcaya)

Situada no extremo norte, no coração do País Basco, entre as cidades de Vitoria, a capital, e Bilbao. Esta pequena D.O. faz, principalmente, os conhecidos txakoli brancos de qualidade e, também, um pouco de rosés e tintos ligeiros.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Hondarrabi Zuri e Folle Blanche

Uva Tinta: Hondarribi Beltza

Calatayud
Localiza-se na província de Aragon perto de Zaragoza. Produz, principalmente, vinhos rosés de qualidade da uva Garnacha, com bela cor, frescos e ligeiros, bem como tintos típicos da mesma variedade.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Macabeo, Malvasía, Moscatel Blanco e Garnacha Blanca

Uvas Tintas: Garnacha, Mazuela, Monastrell e Tempranillo

Campo de Borja
Vizinha de Calatayud está entre as cidades de Zaragoza e Logroño. Aqui os vinhos mais importantes são os tintos de qualidade feitos com a uva Garnacha, semelhantes aos vinhos de Cariñena, região vizinha. Há também rosés de Garnacha e alguns brancos.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Macabeo (Viura) e Moscatel Romano

Uvas Tintas: Cabernet Sauvignon, Cencibel (Tempranillo), Garnacha e Mazuela

Cariñena
Vizinha de Campo de Borja no centro-norte, ao sul de Zaragoza e produz tintos robustos, bons rosés, brancos e fortificados (vinos de licor).

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Garnacha Blanca, Macabeo (Viura), Moscatel Romano e Parellada

Uvas Tintas: Cabernet Sauvignon, Cencibel (Tempranillo), Garnacha, Juan Ináñez, Mazuela e Monsatrell

Cava
Esta D.O. é exclusiva dos melhores vinhos espumantes espanhóis de qualidade. Ela engloba várias áreas no noroeste do país, de Rioja, a oeste de Gerona, ao sul de Valencia, mas a maior parte da produção (99%) vem da região da Cataluña no município de San Sadurní d'Anoia, próximo a Barcelona e a Villafranca de Penedés. Como os outros vinhos espumantes existentes no mundo, as Cavas foram inspiradas no Champagne francês e muitas delas são feitas pelo método "tradicional" ou "champenoise", o mesmo utilizado na elaboração dos Champagnes franceses, com os quais muitas Cavas equivalem-se em qualidade.

As Cavas apresentam versões diferentes, conforme o seu grau de açúcar, podendo classificar-se em:

- Extra-Brut ou Brut-Nature (até 6 g de açúcar / litro)
- Brut (até 15 g / litro)
- Extra-seco (12 a 20 g / litro)
- Seco (17 a 35 g / litro)
- Semi-seco (33 a 50 g / litro)
- Dulce (superior a 50 g / litro).

Com relação à sua elaboração, as Cavas podem ser produzidas por três diferentes métodos:

1. Cava ou método tradicional - é idêntico ao método Champenoise, original francês, onde o vinho sofre uma segunda fermentação na garrafa com formação de bolhas.

2. De Transferência - difere do anterior pelo fato de que no fim do processo o espumante é transferido para uma nova garrafa.

3. Granvás - equivale ao método francês Charmat, onde o vinho sofre a segunda fermentação em grandes tanques de aço inox pressurizados.

Além das Cavas, a Espanha produz um outro tipo de vinhos espumantes que não devem ser com elas confundidos, pois se tratam de vinhos de qualidade inferior, baratos, que pertencem à categoria vino gasificado e são elaborados mediante a adição do gás CO2 em vinho tranqüilo.

Como os Champagnes, as Cavas são espumantes finos e adequados para serem apreciados puros ou acompanhando os mais diferentes tipos de alimentos, do aperitivo (os tipos secos) à sobremesa (os tipos doces).

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Chardonnay, Macabeo (Viura), Malvasía Riojana (Subirat), Parellada e Xarel-lo

Uvas Tintas: Garnacha e Monsatrell

Costers del Segre
Está alojada aos pés dos Pirineus, na região da Catatuña, entre Lleida, Tarragona e Barcelona. Produz vinhos brancos, tintos e cavas de qualidade, que são muito semelhantes aos vinhos de Penedés, D.O. vizinha e mais famosa.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Chardonnay, Garnacha Blanca, Macabeo, Parellada e Xarel-lo

Uvas Tintas: Cabernet Sauvignon, Garnacha, Mazuela (Cariñena), Merlot, Monastrell, Trepat e Ull de Llebre (Tempranillo)

Empordá-Costa Brava
Situa-se no ponto extremo do nordeste do Mediterrâneo nos Pirineus, fazendo fronteira com a França, perto da cidade de Girona. Os vinhos mais importantes são o Garnatxa d'Empordà, um vinho doce natural, e os rosés frutados, refrescantes e de bela cor, mas produz também tinto de médio corpo.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Chardonnay, Garnacha Blanca e Macabeo

Uvas Tintas: Cabernet Sauvignon, Cariñena, Garnacha, Merlot e Ull de Llebre (Tempranillo)

Getariako-Txakolina (Txacoli De Guetaria)

Está na costa norte, perto da cidade de San Sebastian, na fronteira com a França. Seu principal vinho é o Txakoli de Getaria, branco de qualidade, elaborado com a uva Hondarrabi Zuri.

Uvas permitidas:

Uva Branca: Hondarrabi Zuri

Uva Tinta: Hondarribi Beltza

Navarra
Região vizinha de Rioja ocupa a região centro-norte, entre as cidades de Vitória, Logroño e Pamplona. É famosa pelos seus bons rosés de Garnacha, mas possui também bons vinhos brancos, alguns fermentados em barrica, e tintos de Garnacha palatáveis.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Viura, Moscatel, Chardonnay e Malvasía

Uvas Tintas: Garnacha, Tempranillo, Merlot, Cabernet Sauvignon e Graciano

Penedés
Situada na costa nordeste do mediterrâneo, entre Barcelona e Tarragona, forma, junto com Rioja, Ribera del Duero, Jeréz e Priorat, o grupo de elite das D.O.s espanholas. Produz tintos macios de qualidade de uvas nativas e estrangeiras com destaque para a Cabernet Sauvignon. Os brancos são leves e frescos para consumo rápido, mas faz também muitos Chardonnay fermentados em barrica mais estruturados. Produz também bons rosés frutados, muitos dos quais de boa qualidade, competindo com os de Navarra.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Chardonnay, Macabeo, Xarel-lo, Parellada e Subirat Parent

Uvas Tintas: Cabernet Sauvignon, Cariñena, Garnacha, Merlot, Monastrell, Pinot Noir, Samsó e Ull de Llebre (Tempranillo)

Pla de Bages
Localiza-se na comarca de Bages, ao norte de Barcelona e próxima às cidades de Manresa e Lleida. Seus vinhos assemelham-se aos da vizinha D.O. Penedés.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Chardonnay, Macabeo, Parellada e Picapoll (Autóctone)

Uvas Tintas: Cabernet Sauvignon, Garnacha, Merlot e Ull De Llebre (Tempranillo)

Priorato
Vizinha das duas D.O. anteriores situa-se também na Costa do Mediterrâneo, entre Barcelona e Tarragona. É a D.O. que mais se tem destacado, sobretudo pela alta qualidade de seus vinhos tintos. Robustos, elegantes, com aromas complexos e grandes caráter e estrutura na boca, esses vinhos têm recebido grande consagração dos conhecedores de todo o mundo. Além dos belos tintos, produz bons brancos e rosés razoáveis.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Garnacha Blanca, Macabeo e Pedro Ximénez

Uvas Tintas: Cabernet Sauvignon, Cariñena, Garnacha Tinta, Garnacha Peluda e Mazuela

Rioja
Localizada no norte, compreende a região do vale do rio Ebro, entre as cidades de Haro, a oeste, Logroño, no centro e Altaro, a leste, e está próxima de Vitoria, a capital do País Basco. Divide-se nas seguintes sub-regiões: Rioja Alta, a oeste, entre Haro a Logroño; Rioja Alavesa, pequena sub-região ao norte da anterior; Rioja Baja, a leste, entre Logroño e Altaro.

Rioja foi a primeira região vinícola a projetar os vinhos espanhóis no mercado mundial e possui a maior produção do país, produzindo cerca de trezentos e cinqüenta milhões de quilos de uvas e quase duzentos milhões de litros de vinho! Foi também a primeira região a adotar as tipificações Crianza, Reserva e Gran Reserva, hoje adotadas na maioria das regiões.

Recentemente passou a ter a denominação mais diferenciada D.O. Calificada, para a qual todos os vinhos devem ser engarrafados no distrito de Rioja.

Produz essencialmente tintos de qualidade, encorpados e leves (Claretes) e pequenas quantidades de brancos e rosés. Alguns tintos envelhecidos (Crianza, Reserva e Gran Reserva), particularmente os Marqueses (Marqués de Riscal, Marqués de Arienzo, Marqués de Murrieta, etc) são muito conhecidos e, juntamente com outros vinhos da Rioja pertencem à elite dos vinhos espanhóis.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Garnacha Blanca, Malvasía e Riojana Viura

Uvas Tintas: Garnacha, Graciano, Mazuelo e Tempranillo

Somontano
Situada parte central dos Pirineus, nos arredores da cidade de Huesca próxima a Zaragoza, esta D.O. apresenta tintos bem estruturados, brancos de qualidade e rosés agradáveis.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Alcañon, Chardonnay, Garnacha Blanca, Gewürztraminer e Macabeo

Uvas Tintas: Cabernet Sauvignon, Garnacha Tinta, Merlot, Moristel, Parraleta, e Tempranillo

Tarragona
Vizinha da D.O. Penedés, na costa mediterrânea, em torno da cidade de mesmo nome, esta D.O. produz, além do Tarragona clássico licoroso, tintos potentes e brancos e rosés ligeiros.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Garnacha Blanca, Mabaceo, Parellada e Xarel-lo

Uvas Tintas: Garnacha, Mazuela e Ull de Llebre (Tempranillo)

Terra Alta
Vizinha da D.O. anterior, no nordeste espanhol, Terra Alta elabora principalmente brancos de razoável complexidade. Além disso, produz também tintos encorpados, rosés ligeiros e alguns vinhos fortificados.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Garnacha Blanca, Macabeo e Parellada

Uvas Tintas: Cariñena, Garnacha Negra, Garnacha Peluda, Mazuela e Ull de Llebre (Tempranillo)

NOROESTE
Essa região situa-se próxima à fronteira com Portugal, estendendo-se da cidade de La Coruña, ao norte, até Valladolid ao sul, e compreende as seguintes D.O.s: Bierzo, Cigales, Monterrey, Rias Baixas, Ribeira Sacra, Ribeiro, Rueda, Ribeira del Duero, Toro e Valdeorras.

Bierzo
Aloja-se na Galicia, no noroeste do país, em área montanhosa entre as cidades de Leon e Lugo. Faz tintos de qualidade à base de Mencía (um clone de Cabernet Franc), e brancos e rosés razoáveis.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Doña Blanca, Godello, Malvasía e Palomino

Uvas Tintas: Garnacha, Mencía e Tintorera

Cigales
Localiza-se em uma zona entre Valladolid e Palencia e destaca-se por seus vinhos rosés pálidos da cor da pele de cebola, frescos e frutados, embora produza tintos apenas corretos.

Uvas permitidas:

Uvas Brancas: Albillo, Verdejo, e Viura

Uvas Tintas: Garnacha e Tinto del País (Tempranillo)

Jerez

É uma das mais famosas regiões vinícolas da Espanha, situada ao sul de Sevilla, mais precisamente próxima da costa atlântica, nas cercanias das cidades de Jerez de la Frontera, San Lúcar de Barrameda e El Puerto de Santa María, próximas a Cadiz.

O método de elaboração

O Jerez, como o vinho do Porto, é um vinho fortificado, isto é, que recebe a adição de aguardente vínica, tornando-se mais alcoólico e "mais forte". No Porto a aguardente é adicionada durante a fermentação, interrompendo-a e originando um vinho doce, enquanto no Jerez ela é adicionada após a fermentação ser concluída, dando um vinho seco. O aroma e gosto especiais e únicos do Jerez se devem à uva, ao método de elaboração específico e ao envelhecimento pelo sistema de “solera” que comentaremos mais à frente. O Jerez sempre é um corte (mistura) de vinhos de vários anos diferentes e não de uma só safra.

O envelhecimento

O Jerez é envelhecido pelo sistema original: o sistema Solera, onde são utilizados barris de carvalho americano, denominados botas, com capacidade para 600 litros, cheios até 5/6 de sua capacidade.

Enquanto em outras regiões vinícolas os barris são hermeticamente fechados, em Jerez eles são abertos para permitir que o vinho seja airado pela brisa do sudoeste. Terminada a fermentação alcoólica e esgotados os açúcares do mosto, as leveduras sobem até a superfície e formam uma película, o velo de flor (véu de flor) ou simplesmente flor de Jerez. Esses microorganismos permanecem na superfície do vinho, e aí, na presença do oxigênio do ar, transformam alguns componentes do vinho. Esse processo de intensa e contínua ação metabólica das leveduras da flordenomina-se crianza biológica e, na realidade, é um envelhecimento biológico do vinho, e confere as características organolépticas (sensoriais) únicas do Jerez.

As botas são colocadas em, pelo menos, três fileiras superpostas. A primeira, a solera, colocada no chão, contém o vinho mais velho pronto para ser engarrafado e as que estão sobre ela denominam-se criaderas. A quantidade de vinho que é retirada dasolera é reposta com o vinho da fileira logo acima, a primeira criadera, que por sua vez é completada com o vinho da fileira superior, a segunda criadera e assim por diante, até a criadera superior (mais jovem) que é preenchida com o vinho mais novo daquele ano.

Todos os tipos de Jerez (ver abaixo) precisam envelhecer por pelo menos três anos e este é o mínimo para os Finos e os Manzanillas. Os Amontillados são envelhecidos por, no mínimo, cinco anos e os Olorosos sete anos.

Os diferentes tipos

Existem oito tipos principais de Jerez, a saber:

Fino - é pálido da cor da palha, seco, com um aroma delicado de torrefação e de nozes, seco e leve no paladar e envelhecido sob a "flor". Deve ser servido ligeiramente gelado.

Manzanilla - é um Fino muito seco, exclusivo das bodegas de Sanlúcar de Barrameda, onde é envelhecido sob a "flor". Possui as características do Fino, acrescidas de aroma e gosto da brisa marítima que existe nas bodegas de Sanlúcar. Também deve ser servido ligeiramente gelado.

Amontillado - tem cor âmbar, é seco, envelhecido e tem aroma de nozes, porém mais intenso e mais fresco do que os dois anteriores. Na boca é mais macio e encorpado.

Oloroso – seco, às vezes doce, envelhecido, encorpado, da cor âmbar do mogno e, como o seu nome sugere, seus aromas são fragrantes e intensos e lembram também a nozes.

Palo Cortado – seco, envelhecido, muito pouco produzido.

Pale Cream - de cor de palha bem pálida e com aromas de torrefação é macio e doce no paladar.

Pedro Ximenez – doce produzido por poucas vinícolas, equivale ao tipo anterior.

Cream - é um Oloroso muito doce feito com a uva Pedro Ximenez. Tem cor de mogno bem escuro e aromas de torrefação intensos e delicados. No palato é bem doce, redondo, aveludado e bem encorpado.